terça-feira, 20 de novembro de 2012

REFLEXÃO DO ENSINO RELIGIOSO



REFLEXÃO DO ENSINO RELIGIOSO

1.    Devemos sempre lembrar os quatros pilares da educação, segundo a UNESCO: aprender a aprender; aprender a fazer; aprender a ser; aprender a conviver.
2.    Devemos considerar que o ensino aprendizagem ocorre também em três níveis: ouvir; ver e praticar.
3.    Dentro de um processo de pluralismo e transformações rápidas, nem sempre há só concordância em nossas inovações humanas. O que fazer para melhorar?
4.    Precisamos nos posicionar sempre na intenção humanizadora, ecológica, nos processos educativos no sentido de nos entendermos e nos incluirmos... nos envolvermos em prol da preservação do nosso planeta e nosso cosmos.
5.    Devemos considerar os avanços tecnológicos como importantes recursos didático-pedagógicos quando devidamente utilizados como meios de conseguir a finalidade e as metas de educação integral. Dentro desse contexto educacional, o Ensino Religioso constitui uma exigência indispensável de pleno desenvolvimento humano e de re-equilibração de biodiversidade. Tal ensino consiste basicamente na educação da dimensão religiosa como núcleo educativo polarizador que subjaz a todas as dimensões do ser humano em processo autopoético da vida.
6.    Constatação: existe um conhecimento superficial do fenômeno religioso, inclusive, (dada à necessidade), da sua origem e fonte.
7.     Dentro das diretrizes da educação o Ensino Religioso está a serviço da promoção e defesa da vida.
8.    Amparado pela constituição na Lei Nº 9.475 / 97, o Ensino Religioso requer, urgentemente, cuidadosa preparação de professores, em conformidade com as diretrizes legais e acadêmicas em vigor para a qualificação e habilidade desses profissionais de educação.
9.       Os desafios enfrentados por nós que fazemos o Ensino Religioso jamais devem ser entendidos como desmotivação, mas sim como provação da nossa própria fé como diz São Paulo: Quando me sinto fraco então é que sou forte( II Cr 12,10).
10.    O caminho de solução leva-nos a considerar que diversas correntes de pensamentos chegaram ao consenso de que toda a realidade existente provém de uma unidade original.
11.    A realidade pluridimensional e conatural aos seres humanos-cujo o pleno desenvolvimento efetua-se na permeabilidade de todas as dimensões e manifesta-se no pluralismo religioso-cultural...este pluralismo,  quando tendência a uma realidade, é uma riqueza.
12.    Neste pluralismo, há ambiguidades que resultam da incompletitude de todos os entes e das interferências  lapidadoras da liberdade humana. Nesta realidade, faz-se necessário romper mentalidades e sistemas dicotômicos... esta exigência não deverá enfraquecer identidades individuais e sociais mas construí-las sobre base mais sólidas...
13.    Neste contexto, a família, célula-mãe da sociedade, sofre desagregação e tem que ser cuidada, pois além de ser a base social, é nela que cada ser se fortalece nas suas relações primeiras.
14.    No mundo pós-moderno, muito plural e fragmentado, as coisas tornam-se próximas pelos avanços tecnológicos da comunicação. Homens e mulheres, utilizando a internet, relacionam-se virtualmente de forma fugaz e sem compromisso. Em contraposição, sob vários aspectos, há um distanciamento entre povos e países e um desfrute opressivo da globalização.
15.    Fanatismo e fundamentalismo são perturbações graves da religiosidade... na busca de interesses cada um escolhe o que mais lhe agrada diante da multiplicidade de ofertas.
16.    Neste quadro complexo, carente, e simples por se tratar da fragilidade existencial do ser humano, compete à educação apresentar caminhos de esperança que motive a pessoa, a família e a sociedade... princípios orientadores, rumos, metas que ajudarão a descobrir sentido para a vida e a encontrar forças para seguir na busca da verdade e do bem. Ao Ensino Religioso, de modo especial, cabe discernir os momentos de kairós nas ambiguidades religioso-culturais e ajustar nossas opções livres e nossas atitudes éticas com as exigências do nosso ser individual / social.    
17.    Observando a nossa comunidade, o nosso Estado, o nosso Pais, a problemática do planeta, assim como a sua origem, o seu destino, o que nos cabe pensar e fazer dentro do Ensino Religioso que favoreça a harmonia e o espírito de transcendência em cada educador e educando.

FONTE DE PESQUISA:
Livro Educação Religiosa
Fundamentação
Antropológico-cultutral da religião segundo Paul Tillich
Edições: Paulinas
Pedro Rucedellpág: 44 a 73  

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