REFLEXÃO DO ENSINO RELIGIOSO
1. Devemos sempre lembrar os quatros pilares da educação,
segundo a UNESCO: aprender a
aprender; aprender a fazer; aprender a ser; aprender a conviver.
2. Devemos considerar que o ensino aprendizagem ocorre
também em três níveis: ouvir; ver e praticar.
3. Dentro de um processo de pluralismo e transformações
rápidas, nem sempre há só concordância em nossas inovações humanas. O que fazer para melhorar?
4. Precisamos nos posicionar sempre na intenção
humanizadora, ecológica, nos processos educativos no sentido de nos entendermos
e nos incluirmos... nos envolvermos em prol da preservação do nosso planeta e nosso cosmos.
5. Devemos considerar os avanços tecnológicos como
importantes recursos didático-pedagógicos quando devidamente utilizados como
meios de conseguir a finalidade e as metas de educação integral. Dentro desse contexto educacional, o Ensino Religioso constitui uma exigência
indispensável de pleno desenvolvimento humano e de re-equilibração de
biodiversidade. Tal ensino consiste basicamente na educação da dimensão
religiosa como núcleo educativo polarizador que subjaz a todas as dimensões do
ser humano em processo autopoético da vida.
6. Constatação: existe um conhecimento superficial do fenômeno
religioso, inclusive, (dada à necessidade), da sua origem e fonte.
7. Dentro das
diretrizes da educação o Ensino
Religioso está a serviço da promoção e defesa da vida.
8. Amparado pela constituição na Lei Nº 9.475 / 97, o
Ensino Religioso requer, urgentemente,
cuidadosa preparação de professores, em conformidade com as diretrizes legais e
acadêmicas em vigor para a qualificação e habilidade desses profissionais de
educação.
9. Os desafios enfrentados por nós que fazemos o Ensino
Religioso jamais devem ser entendidos como desmotivação, mas sim como provação
da nossa própria fé como diz São Paulo: Quando
me sinto fraco então é que sou forte( II Cr 12,10).
10. O caminho de solução leva-nos a considerar que
diversas correntes de pensamentos chegaram ao consenso de que toda a realidade
existente provém de uma unidade
original.
11. A realidade pluridimensional e conatural aos seres
humanos-cujo o pleno desenvolvimento efetua-se na permeabilidade de todas as
dimensões e manifesta-se no pluralismo religioso-cultural...este pluralismo, quando tendência a uma realidade, é uma
riqueza.
12. Neste pluralismo, há ambiguidades que resultam da
incompletitude de todos os entes e das interferências lapidadoras da liberdade humana. Nesta
realidade, faz-se necessário romper mentalidades e sistemas dicotômicos... esta
exigência não deverá enfraquecer identidades individuais e sociais mas
construí-las sobre base mais sólidas...
13. Neste contexto, a família, célula-mãe da sociedade,
sofre desagregação e tem que ser cuidada, pois além de ser a base social, é
nela que cada ser se fortalece nas suas relações primeiras.
14.
No mundo
pós-moderno, muito plural e fragmentado, as coisas tornam-se próximas pelos
avanços tecnológicos da comunicação. Homens e mulheres, utilizando a internet,
relacionam-se virtualmente de forma fugaz e sem compromisso. Em contraposição,
sob vários aspectos, há um distanciamento entre povos e países e um desfrute opressivo da globalização.
15. Fanatismo e fundamentalismo são perturbações graves da
religiosidade... na busca de interesses cada um escolhe o que mais lhe agrada
diante da multiplicidade de ofertas.
16. Neste quadro complexo, carente, e simples por se
tratar da fragilidade existencial do ser humano, compete à educação apresentar
caminhos de esperança que motive a pessoa, a família e a sociedade... princípios
orientadores, rumos, metas que ajudarão a descobrir sentido para a vida e a
encontrar forças para seguir na busca da verdade e do bem. Ao Ensino Religioso,
de modo especial, cabe discernir os
momentos de kairós nas ambiguidades religioso-culturais e ajustar nossas
opções livres e nossas atitudes éticas com as exigências do nosso ser
individual / social.
17. Observando a nossa comunidade, o nosso Estado, o nosso
Pais, a problemática do planeta, assim como a sua origem, o seu destino, o que
nos cabe pensar e fazer dentro do Ensino Religioso que favoreça a harmonia e o
espírito de transcendência em cada educador e educando.
Livro Educação
Religiosa
Fundamentação
Antropológico-cultutral
da religião segundo Paul Tillich
Edições:
Paulinas
Pedro
Rucedellpág: 44 a
73
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